Uma fração dos royalties de uma música de sucesso da cantora Rihanna – a faixa “Bitch Better Have My Money” – foi redistribuída para 205 pessoas via 300 Tokens Não Fungíveis (NFTs) da rede Ethereum, em uma coleção que esgotou rapidamente na quinta-feira (9), segundo dados dos contratos no Etherscan.
Jamil “Deputy” Pierre — que produziu essa música de 2015 de Rihanna com o coprodutor Kanye West — parece ter contado com a ajuda de uma empresa cripto europeia, a AnotherBlock, para vender 0,99% de seus direitos de royalties de transmissão da canção como 300 NFTs.
Cada token blockchain representa a propriedade de mais de 0.0033% dos direitos autorais da canção, promete a propriedade “vitalícia” dessa parte dos direitos autorais e concede aos titulares a porcentagem de direitos de transmissão da gravação principal.
A mintagem da AnotherBlock para a canção da Rihanna esgotou rapidamente e gerou US$ 63 mil em receitas. Uma valoração de US$ 210,00 por 0,0033% da canção coloca teoricamente um valor total de US$ 6,36 milhões para os royalties da transmissão da canção.
Não está claro, entretanto, qual a porcentagem dos royalties que Deputy ainda reteve privadamente após a venda, uma vez que o Acordo de Propriedade do NFT assinado e publicado no site não detalha o total de participações dele.
O Decrypt entrou em contato com ele, ainda não recebeu respostas, mas uma fonte familiarizada com as divisões de royalties na indústria musical tradicional disse ao Decrypt que um corte total de royalties para um produtor é tipicamente inferior a 5% para qualquer música.
Participação em royalties via NFT
De acordo com o acordo, Deputy contratou a AnotherBlock para lidar com a cunhagem dos NFTs em seu nome. O contrato também permite vendas secundárias dos NFTs e exige que ele pague aos titulares dos NFTs sua porcentagem de quaisquer royalties de streaming obtidos não menos que duas vezes por ano.
O site da AnotherBlock estima que os retornos “prováveis” para o detentor do NFT dessa canção de Rihanna sejam de aproximadamente 6.5% ao ano, o que equivale a pagamentos de aproximadamente US$ 13,65 por ano.
Isto significa que um comprador original levaria cerca de 15 anos para recuperar seu investimento inicial, o que sugere que este drop tem mais a cara de uma experiência Web3 inovadora para os fãs da cantora do que um investimento financeiro real.
Mas vender uma porcentagem dos direitos musicais como NFTs não é um conceito novo. Por exemplo, Justin “3LAU”, a plataforma de música Web3 de Blau Royal, levantou US$ 16 milhões em 2021 e lançou seu mercado de direitos musicais antecipados em novembro de 2022.
A Royal informa que desde então pagou mais de US$ 132 mil em royalties a seus colecionadores de NFTs.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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