Após negativa da Alerj, Câmara do Rio aprova medalhas para Ludmilla e Emicida
Após a confusão instalada na Assembleia do Rio por conta da concessão de medalhas de honra para o cantor Emicida e a funkeira Ludmilla, a Câmara do Rio aprovou uma homenagem para os artistas.
A proposta foi da vereadora Monica Benicio (PSOL), viúva da ex-vereadora Marielle Franco, que indicou a Medalha Chiquinha Gonzaga para Ludmilla, e a Medalha Pedro Ernesto para Emicida.
Ao contrário dos colegas na Alerj, a pauta passou sem confusão no plenário do velho Palácio Pedro Ernesto. Coincidência ou não, quem presidiu a sessão foi o conservador Dr. Rogério Amorim (PTB), único vereador a marcar posição contra a concessão das duas honrarias.
Na vez de Ludmilla, Amorim pareceu não reconhecer o nome completo da artista. Mas, é claro que o vereador estava ligado na polêmica e logo correu para confirmar com um auxiliar se a honraria era realmente para a cantora. Ao ouvir a confirmação no pé do ouvido, destampou o microfone para votar contra.
Com as medalhas aprovadas, a vereadora Monica Benicio vai chamar as deputadas autoras das iniciativas rejeitadas na Alerj, Renata Souza (PSOL) e Enfermeira Rejane (PCdoB), para a cerimônia de entrega.
Na justificativa para as homenagens, Benício criticou a postura dos deputados da extrema-direita da Alerj que discursaram contra a condecoração. Ela afirma que foi uma “demonstração de racismo institucional e de preconceito elitista contra a cultura popular”.