A empresa Nexo disse que pretende processar o governo búlgaro devido às invasões policiais em suas empresas ocorridas agora em janeiro.
A Nexo oferece serviços de negociação e empréstimo de criptoativos, e teve suas unidades invadidas por policiais devido às suspeitas de crimes financeiros.
Assim, a empresa anunciou que está considerando abrir um processo de US$ 1 bilhão contra o governo búlgaro por pressão persistente.
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Acusações infundadas, diz a Nexo
No início de janeiro deste ano mais de 300 policiais invadiram escritórios da empresa Nexo na capital da Bulgária, Sofia.
A Nexo classificou as incursões dos policiais como sendo ‘invasões’ motivadas por suspeitas infundadas de crimes financeiros.
A polícia, por sua vez, alegou que a plataforma aplica crimes financeiros como lavagem de dinheiro, evasão fiscal, e atuação em atividades financeiras não licenciadas.
As buscas feitas pela polícia fizeram com que a plataforma suspendesse o serviço em alguns momentos, e também paralisasse o processo de listagem de seus papéis em uma Bolsa de Valores nos Estados Unidos.
Segundo os consultores da Nexo, os prejuízos causados à empresa pelo governo búlgaro são de mais de US$ 1 bilhão, e a administração da Nexo pretende exigir esses recursos das autoridades búlgaras por meio de uma ação judicial.
Motivação política
Diante das incursões policiais a Nexo negou todas as acusações feitas pelas autoridades búlgaras, as quais classificou de absurdas e ilegais, e que possuem outras motivações que não de crimes financeiros.
As autoridades búlgaras negaram que a investigação tenha motivação política.
O problema está na associação política que a Nexo tem com algumas representações políticas búlgaras, onde há comprovação de que executivos da Nexo já enviaram doações significativas para uma aliança política de oposição ao governo, a Bulgária Democrática.
A empresa alega que as doações foram declaradas e que possui provas de não participação ou inferência política antidemocrática.
Nos últimos tempos a Nexo tem passado por alguns contratempos legais, onde na semana passada processou a entidade reguladora das Ilhas Cayman por se recusar a registrar a plataforma como um provedor de serviços de ativos virtuais.
E também recentemente a empresa concordou em pagar US$ 45 milhões para resolver reivindicações de autoridades norte-americanas que acusam a empresa de promover produtos de empréstimo que violam as leis de valores mobiliários da SEC.
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