Tati Quebra Barraco comemora 25 anos de carreira quebrando tudo
Tati Quebra Barraco está comemorando 25 anos de carreira. Foi uma trajetória suada e difícil até aqui. Machismo, sexismo. Mas ela veio, aos trancos e barrancos. Houve recentemente dois momentos especiais. Uma turnê nos Estados Unidos e a apresentação no carnaval de Salvador. Nos states, ainda passou um susto, por causa da chegada de um enorme tornado. Mas que acabou sendo um ventinho, perto do furacão carioca que passou por lá.
Como estão as comemorações dos 25 anos de carreira?
Não posso dar muitos detalhes aindam, mas já estão em pleno vapor, será um momento muito especial na minha carteira. Mas podem esperar surpresas, ótimas parcerias e muita música de sucesso e, claro, muita música nova..
E a reação do público nos Estados Unidos, você curtiu?
Nossa, demais! Foi muito bom sentir o carinho e a recepção do público lá de fora. Tanto de brasileiros que foram curtir meu show seja porque gostam de mim e também para matar um pouquinho de saudades do nosso país e do funk carioca, seja dos próprios americanos. Mesmo não entendendo o português, eles dançavam, se divertiam e pediam bis e fotos.
Você passou um perrengue por conta do tornado dos EUA, não é? Pode contar como foi?
Eu fiquei na Flórida. E quando precisei me deslocar para Nova York para cumprir outro compromisso, de repente emitiram um alerta e pediram para todos se protegerem e evitarem circular porque um tornado potente estava a caminho. Fiquei com um pouco de medo, porque não estamos acostumados com isso no Brasil. Mas graças a Deus deu tudo certo. Foi só um susto.
E a participação do carnaval de Salvador. Foi um sonho realizado?
Foi um verdadeiro sonho mesmo estar no maior carnaval do mundo. Já tinha ido em outros carnavais para Salvador, mas cada novo momento é especial e inesquecível. Pude cantar com pessoas e em lugares que antes não tinha estado. Revi pessoas importantes e tive a honra e o prazer de cantar com Ludmilla, na estreia de seu bloco Fervo da Lud. Só tenho que agradecer, primeiramente a Deus, e depois aos meus empresários, família – que me acompanhou na viagem – equipe e amigos.
Pode surgir alguma parceria depois dos encontros com artistas que rolaram por lá?
Com certeza. Vem coisa boa por aí. Sempre é um momento de fazermos novos contatos, aproximar parcerias. E até quem sabe me aventurar em outros ritmos Quem sabe….
Pode falar um pouco sobre o preconceito que o funk ainda sofre, principalmente com as mulheres?
O funk, historicamente, sempre foi dominado pelos homens. Suas músicas falavam muito sobre a visão masculina de poder e sexualidade. E por isso mesmo qualquer mulher que chegasse a fazer o mesmo era criticada – quem me acompanha nesses 25 anos sabe bem disso, por tudo que já ouvi e passei. Mas também nesses 25 anos eu pude ver – e fico feliz se sirvo de referência para tantas outras que vieram depois – que a sociedade vem acompanhando as transformações do tempo. E muitas meninas estão aí cantando, fazendo show e sendo donas de si e do seu prazer. Então não é como se não existisse mais. Apenas mudou a forma como acontece, mas é menos pior, e hoje elas são mais unidas e fortes para enfrentar isso do que na minha época, onde eu era uma das poucas entre vários homens. .
Quem são seus artistas preferidos e apostas na nova geração do funk?
Não é segredo para ninguém que sou admiradora da pessoa e do trabalho de artistas como Ludmilla e MC Carol de Niterói como exemplos da nova geração. É sempre um prazer estar com elas e o nosso funk está muito bem representado.