Steve Vai recentemente refletiu sobre a paixão pelo ato de compor. Nesse sentido, o guitarrista disse que amadureceu ao longo dos anos, dando mais ênfase à música do que a técnica.
“No meu aniversário de seis anos, a minha mãe me deu um pequeno órgão. Lembro-me de tocar algumas teclas e reconhecer que as notas ficam mais agudas à direita. Naquele momento, tive uma espécie de epifania”, afirmou.
“Eu pensei: ‘Isso é música’. Foi um sentimento instintivo de que a criação da música era infinita. Há todas essas cores e possibilidades à sua disposição, e você pode fazer o que quiser”, completou Vai.
Desgaste
Na entrevista com Kip Winger, Steve Vai também revelou que a sua percepção sobre a música sofreu alterações ao longo da caminhada artística.
“Se estou improvisando com uma guitarra, há um elemento de composição aí. Para mim, isso foi mudando ao longo dos anos. Quando você é um músico em desenvolvimento, é tudo sobre: ‘Ok, essas escalas funcionam e eu posso tocar rápido’.”
“Mas isso cansa. Você se torna apenas uma máquina. Tocar rápido é desgastante, não importa quem você seja. Mas a melodia nunca se desgasta e é infinita”, explicou.
Importância da inspiração
O guitarrista ainda disse que, conforme evoluiu musicalmente, o interesse pelas composições aumentou.
“Quando eu calo a boca e apenas ouço, as melhores ideias surgem. Quando alguém está em um momento de inspiração, é preciso sair do caminho”.
Steve Vai finalizou: “No entanto, não sou uma pessoa inspirada o tempo todo. Então, às vezes é necessário intelectualizar o que estou fazendo ou exercitar a minha memória muscular. Também faço isso”.
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