Cantora, compositora, dona de uma voz aveludada e de uma energia contagiante nos palcos… Alegria é uma artista talentosíssima e que esbanja carisma.
Ela conversou com a Abramus e compartilhou detalhes sobre o processo de composição do single “Vinil e Vinho”, além de explicar como surgiu a ideia do projeto “Tribute to Sade”, sucesso que a artista interpreta músicas da cantora Sade Adu.
Vem conferir a entrevista completa.
1- Você é cantora, compositora e dona de uma voz potente e marcante, que está presente em “Vinil e Vinho”, seu último single lançado. Comente sobre o processo de composição da canção e como o público recebeu o lançamento?
R: Eu queria uma música que tivesse a ver com a minha história! “Hoje a sorte se alegrou pra você…” poucas pessoas sabem, mas minha mãe queria que o meu nome fosse Alegria da Sorte, como ela não conseguiu registar assim, ficou só Alegria mesmo (risos).
Vinil e vinho são duas coisas que eu adoro… beber uma tacinha de vinho ouvindo os meus vinis é um prazer enorme pra mim! A maioria deles pertencia ao meu pai e foram os vinis que mais me influenciaram na música: Bob Marley, Hendrix, A Cor do Som, e tantos outros vinis incríveis, que carrego comigo há uma vida inteira.
O ritmo reggae é uma das minhas principais influências, eu até costumo brincar que recebi a benção do Rei do Reggae, Bob Marley! Em 1980, quando Marley esteve no Brasil, meu pai teve a honra de conhecê-lo, ele que era o seu maior ídolo. E eu recebi a benção do pai do reggae! Eu amo essa parte da minha história. Bob Marley me pegou no colo quando eu tinha um aninho de vida!
Então, eu queria produzir uma música que fosse um reggae com os elementos de reggae raiz mesmo, mas que também tivesse elementos do pop, porque também sou encantada com o gênero. Acho o pop um “Deus” muito permissivo na música.
É incrível demais ver o público cantando “Vinil e Vinho”. A letra é legal, poesia leve, acho que as pessoas se identificam e acham a música super gostosinha de cantar e dançar!
2- Fale um pouco sobre o “Tribute to Sade”, que você interpreta músicas da cantora britânica Sade. Como surgiu a ideia do projeto e como está sendo essa experiência?
R: Tribute to Sade é a realização de um sonho pra mim… eu sou completamente apaixonada por Sade. Quando eu assisti um vídeo dela de roupa branca, parecendo uma sereia, cantando com a sua voz aveludada, com a participação da banda, fiquei encantada. Acho o trabalho da Sade irretocável!
O engraçado é que as pessoas sempre me associaram a Sade, falam que meu timbre é aveludado e que na aparência física eu pareço com ela. Minha mãe amava me ouvir cantando Sade… ela dizia que eu era a Sade dela!
Minha mãe partiu há pouco mais de dois anos… eu cheguei ao fundo do poço, pensei que não ia mais conseguir cantar. Eu tinha acabado de lançar “Vinil e Vinho” e estava com várias outras músicas na sequência para serem produzidas, parei tudo pra cuidar da minha mãe. Ela foi vítima de um tumor raríssimo, que a deixou paraplégica, com inúmeros problemas e que em seis meses tirou a sua vida. Eu enlouqueci, de verdade. Simplesmente fiquei bloqueada para mexer nas minhas composições, nos meus projetos.
Ano passado, num momento de muita dor e tristeza, eu estava pedindo a Deus que me desse forças pra seguir, eu precisava me agarrar em algo que eu achasse muito bom, sabe. Foi então que veio a ideia do Tribute to Sade, que na verdade era um projeto que eu queria colocar pra fora há mais de 10 anos. Decidi então que ia me agarrar a esse projeto e comecei a estruturar a banda, fazer o repertório, ensaiar e o show foi tomando forma e ficando lindo!
Tem sido muito maravilhoso fazer esse show. Eu realmente me emociono a cada apresentação. Eu costumo dizer que o Tribute to Sade está salvando a minha vida! Adoraria rodar o mundo com esse show. E, quem sabe, minha musa Sade Adu não cantaria comigo… é mais um sonho!
3- Além da cantora Sade, quais são suas outras inspirações no universo da música? Quais artistas você admira e influenciam o seu trabalho?
R: Eu sou encantada com a voz, com a energia e a presença de palco da Baby do Brasil. Também adoro Marisa Monte, Caetano, Novos Baianos, Bob Marley, Hendrix, Led Zeppellin, Seal, Fernanda Abreu, Vitor Kley, Chitãozinho e Xororó, e por aí vai… eu gosto de muita coisa! Sempre fui bastante eclética no meu gosto musical.
4- Quais são seus planos na música para o segundo semestre de 2024? Comente sobre seus projetos futuros.
R: Eu pretendo continuar rodando com o show Tribute to Sade e voltar a produzir meu projeto inédito. Espero conseguir lançar mais algumas músicas até o final do ano e montar o meu tão sonhado show da Alegria!
5- A Abramus tem o privilégio de ter você como titular desde 2008. Compartilhe sua experiência de ter uma associação que defende os direitos autorais como parceira em sua jornada musical.
R: Eu só tenho coisas boas pra falar da Abramus! Me sinto feliz e segura por ter uma associação que defende os meus direitos autorais com transparência e muito profissionalismo. Sempre pude contar com a Abramus para esclarecer dúvidas e me dar suporte. Viva a Abramus!
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