Misfits é uma das bandas mais emblemáticas da história do punk rock. Referência do chamado horror punk, segmento que mistura características tradicionais do estilo musical a elementos oriundos de filmes de terror, o grupo foi tão influente quanto instável. Seu período clássico durou apenas de 1977 a 1983, com um retorno a partir da década de 1990 que não atraiu a mesma atenção por não ter envolvimento do vocalista Glenn Danzig.
E foi justamente no período desse retorno, ocorrido oficialmente em 1995, que um brasileiro poderia ter feito parte do grupo. Trata-se de ninguém menos que Supla, cantor que também se tornou uma figura pública em nosso país com suas diversas aparições em programas de TV e destaque nas redes sociais.
Em um vídeo publicado em 2021 no Instagram, o filho dos políticos Eduardo e Marta Suplicy contou que, em meados da década de 1990, ficou sabendo que o Misfits realizaria uma audição para encontrar um novo vocalista. Na época, a banda acabava de ser reformada pelo baixista Jerry Only e por seu irmão, o guitarrista Doyle Wolfgang von Frankenstein. Além de Danzig, o baterista Robo Valverde não estava envolvido.
O teste seria na casa de shows Coney Island High, onde Supla trabalhava na época, em Nova York, cidade nos Estados Unidos em que o artista residia naqueles tempos. Cenário perfeito para que ele tomasse o palco e demonstrasse um pouco de seu talento, certo?
Errado. O brasileiro, curiosamente, optou por não participar da audição porque estava dedicado ao Psycho 69, banda punk/hardcore que teve em Nova York entre 1994 e 1997.
“Nos anos 1990, eles [Misfits] estavam procurando cantor. Eu estava vestido de Super Supla e eles fizeram a audição [na casa de shows]. Quem quisesse, podia subir lá e cantar. Estava tão focado em Psycho 69, Mad Parade que acabei nem fazendo, tá ligado? Eu trabalhava no Coney Island High, jogava os fãs pra baixo nos shows punk e outras coisas mais. Mas é isso aí, meu… imagina eu ter virado vocalista do Misfits?”
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A vaga de vocalista do Misfits
Se o posto de vocalista do Misfits não ficou com Supla, quem foi o escolhido? O trabalho acabou caindo nas mãos de Michale Graves, que ficou na formação entre 1995 e 2000, com um breve rompimento em 1998. Já o banquinho da bateria passou a ser ocupado por Dr. Chud pelo mesmo período de tempo. Juntos de Jerry Only e Doyle, eles gravaram os álbuns American Psycho (1997) e Famous Monsters (1999).
A partir do ano 2000, quando Doyle também saiu, o Misfits passou a se apresentar apenas com músicos convidados junto de Jerry Only, que assumiu também os vocais. Uma reunião com integrantes originais ocorreu em 2016, com Only, Glenn Danzig e Doyle, além dos convidados Dave Lombardo (ex-Slayer, Suicidal Tendencies, Testament, etc.) na bateria e Acey Slade (Dope, Murderdolls) na guitarra rítmica.
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