Há 40 anos, em 11 de abril de 1983, Dave Mustaine era acordado de forma repentina e avisado sobre sua demissão do Metallica. A decisão partiu do líder da banda de heavy metal, James Hetfield, e de Lars Ulrich, devido ao comportamento de Mustaine – marcado por muitas brigas, desentendimentos e pelo uso excessivo de álcool do músico no período em que integrou o grupo, de 1981 a 1983. Na época, a banda era formada por Hetfield, Ulrich, Ron McGovney e por Mustaine que acabaria substituído por Kirk Hammett.
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Mustaine precisou de um tempo para entender a decisão que levou a sua demissão. Em entrevista à revista britânica Kerrang em 2021, o músico demonstrou mágoa com a escolha feita pelos ex-companheiros de banda. Na ocasião, ele comentou que gostaria de ter ganhado uma segunda chance:
“É quase como se tudo tivesse acontecido com outra pessoa. Eu cresci muito desde então. Às vezes, é preciso tempo para assimilar o que aconteceu, para ver sua parte nisso. Porque eu tive uma parte nisso… eu era definitivamente perigoso naquela época”, assumiu.
“Entendo por que eles não queriam se arriscar comigo quando havia tanto rolando no Metallica. Mas, à época, eu queria ter ganhado uma segunda chance. Apenas, tipo, alguém dizendo, ‘Ei, Dave, você está bebendo demais, e por favor, pare de socar o cantor na cara!’ Eu provavelmente teria ficado bem com isso.”
A vida pós-Metallica
No mesmo ano de sua saída do Metallica, Mustaine fundou o Megadeth e assumiu papel de frontman e responsável por todo sucesso da banda, que atualmente possui 16 álbuns de estúdio na discografia. Seu último trabalho é The Sick, The Dying… And The Dead!, lançado em setembro de 2022.
Mesmo após 40 anos de sua demissão, Dave Mustaine ainda demonstra que seu passado com o Metallica se faz presente em sua vida. Em agosto de 2022 em entrevista ao podcast The Joe Rogan Experience, ele relembrou o ocorrido e afirmou o que mais o incomodou:
“Eu fui direto para o Megadeth, mas na época eu estava tentando digerir tudo o que havia acontecido. O que mais me incomodou foi que eu tinha todas as minhas músicas que deixei pra trás. Eu disse: ‘Não usem minhas músicas’. E é claro que eles usaram. Eles usaram no primeiro disco, no segundo disco, há partes da minha música em uma música no terceiro disco. Todos os solos do primeiro disco são meus, exceto que eles são executados por Kirk Hammett. São parecidos, mas não são iguais. Ele não é um mau guitarrista”. Confira:
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