Em conversa com Gary Spiller para a Metal Planet Music, Blaze Bayley, ex-vocalista do Iron Maiden, falou sobre sua experiência com a banda nos anos 1990 e destacou a importância que o processo teve na sua carreira.
Em seu relato, o cantor afirmou que, dentro da banda, ele teve as maiores e melhores oportunidades que poderia ter tido:
Tenho muita sorte de ter tido o melhor emprego do ramo, de ter alcançado o topo absoluto. Para mim, eu queria ser um cantor de Heavy Metal, e por um pouco de fé, muita sorte e muita ajuda, consegui me tornar o vocalista do Iron Maiden, que, para mim, é o maior trabalho no mundo para um cantor de Heavy Metal. E eu consegui esse emprego. Então, é fantástico que eu consegui isso. E eu toquei em grandes locais em todo o mundo e estádios e teatros e tudo.
Na entrevista, Bayley também mencionou a relutância inicial de alguns fãs em aceitá-lo como substituto de Bruce Dickinson.
Ele, que se juntou ao grupo em 1994, revelou ter sofrido bastante resistência na época e afirmou que precisou provar o seu valor para que não ficasse à sombra de Dickinson (via Blabbermouth):
Eu acho que a analogia da namorada ou parceira é a melhor. É quando sua namorada ou namorado te deixa por alguém, e talvez eles sejam mais magros, com mais cabelo, mais interessantes e mais bonitos; não é bom, e você perde seu cantor favorito de sua banda favorita, e eu acho isso estranho também.
Para uma certa porcentagem de fãs daquela época, eu sou o primeiro vocalista do Maiden e sempre serei, e eles sempre terão esse carinho por mim. Mas há outro grupo de fãs que diz: ‘Meu cantor favorito deixou minha banda favorita. Não quero olhar para o substituto.’ […] E o que é bom é que, depois de tantos anos e do lançamento do álbum ‘Senjutsu’, as pessoas têm de volta o que é bom e olham para a era Blaze Bayley, do ‘Best Of The Beast’, ‘Sign Of The Cross’, ‘The X Factor’ sob um olhar diferente. E, então, eles validam o que estou fazendo agora. Desde que saí do Maiden, fiz 11 álbuns de estúdio. Faz mais de 25 anos [que me juntei ao Maiden]; já faz quase 30 anos. Foram apenas cinco anos [que estive com o Maiden]. Com a Wolfsbane, estamos juntos de novo, e estamos juntos há mais tempo do que eu estava no Iron Maiden.
No papo, Bayley deixou claro que a influência do Iron seguiu ecoando em sua carreira mesmo depois que ele já havia deixado o grupo, o que aconteceu em 1999. Além disso, o vocalista reforçou que, apesar de já ter passado tanto tempo, muitos fãs ainda preferem odiar seu tempo na banda:
Eu aprendi muito. As experiências que tive me afetaram e eu aprendi. E se você ouvir meu álbum ‘War Within Me’, meu novo álbum, você pode perceber a influência do Iron Maiden nisso; você pode afirmar isso com certeza. Eu não tenho vergonha disso. Eu estou, tipo, bem, isso é o que eu gostei e aprendi no Maiden, e você ouvirá partes disso e indícios disso no álbum ‘War Within Me’. Você também vai ouvir o meu desenvolvimento como artista, indo além disso. Portanto, é bom que as pessoas ainda estejam interessadas nessa breve parte da história do Maiden que me contém. E muitas pessoas pensam muito bem de mim. Mas ainda há muitas pessoas que absolutamente me odeiam.
Que coisa… Confira a entrevista na íntegra ao final da matéria!
Carreira de Blaze Bayley dentro e fora do Iron Maiden
Com o Iron Maiden, Bayley participou dos álbuns de inéditas The X Factor (1995) e Virtual XI (1998), e ambos venderam consideravelmente menos do que os lançamentos anteriores da banda.
Desde que deixou o Maiden, Blaze lançou vários trabalhos de estúdio solo, inclusive sob o apelido de BLAZE, além dos discos com a Wolfsbane.
O último álbum de Bayley foi War Within Me, lançado em Abril de 2021, e você pode conferir um vídeo ao vivo recente do músico abaixo.
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