Os NFTs estão no hype novamente. Ao contrário do que é dito no mercado há algum tempo, os NFTs não estão morrendo.
Embora o último ano tenha registrado movimentações vertiginosas, para cima e para baixo, nos diversos segmentos desse mercado de ativos, chegando a perder até 80% do seu valor mesmo entre os Blue-Chip’s (os mais caros e raros), estima-se que o valor total do mercado de NFTs em 2023 seja correspondente a algo em torno de US$ 28 bilhões a US$ 38 bilhões de dólares.
Valores capazes de gerar uma receita anual de ao menos US$ 1,5 bilhões, de acordo com estudo “NFT Landscape 2023” encomendado pela Ripio à Dux, startup brasileira focada no mercado Web3, atuando diariamente em áreas de interesse como blockchain, cripto, NFTs, DeFi, GameFi e metaverso.
Crescimento e força do Brasil
A pesquisa revela que o mercado deve crescer a uma taxa anual composta (CAGR) variando entre 18% a 35%. Se em 2021 valia cerca de US$ 11 bilhões a US$ 18 bilhões e de US$ 18 a US$ 25 bilhões em 2022, a previsão é que possa chegar a US$ 60 bilhões ou ultrapassar US$ 120 bilhões, entre 2026 e 2028. Outra tendência que pode ser observada a partir do estudo é que, sobretudo a partir de 2023, apesar da OpenSea ainda continuar sendo o maior mercado de NFTs, outros marketplaces alternativos e agregadores desses tipos de ativos, como Blur ou X2Y2,j vão ganhar mais espaço nos próximos meses, fortalecendo o mercado.
Com relação ao número total de usuários estimado, o estudo destaca que ao menos 30 ou 40 milhões de carteiras trocaram NFTs somente nos últimos anos. O Brasil ocupa posição de destaque nesta lista, com mais de 5 milhões de usuários (por volta de 2% da população), aparecendo como um dos principais mercados globais de NFTs ao lado de países como Estados Unidos, China, Canadá, Índia, Indonésia, Tailândia e Vietnã.
“O mercado de NFTs é extremamente importante para grande parte das operações realizadas a partir da tecnologia blockchain, por serem um tipo de escritura ou registro criptografado que atesta a propriedade de um “ativo digital” em diversos segmentos como jogos eletrônicos, filmes, músicas, obras de arte e até mesmo imobiliário. E tem tudo para se tornar cada vez mais relevante a medida em que essa tecnologia se tornar natural e presente no dia a dia da sociedade como um meio e um suporte de funcionalidades variadas, podendo ser utilizado para os mais diversos propósitos. A Ripio é uma empresa focada em desenvolver o ecossistema cripto e para nós, divulgar essa pesquisa inédita que traz informações relevantes sobre o mercado de NFTs é fundamental para seguir fomentando a importância desses ativos”, afirma Henrique Teixeira, Head Global de Novos Negócios da Ripio.
Histórico, desaceleração e novas tendências
Além de todos os aspectos em relação ao futuro do mercado de NFTs, o “NFT Landscape 2023” é um estudo completo sobre o segmento realizado no Brasil. Ele apresenta uma timeline sobre a história e principais marcos desses ativos no mundo, passando por uma série de
conceitos, fundamentos e definições importantes para a compreensão de sua importância, incluindo os principais tipos de aplicação e destacando as coleções mais famosas e casos de sucesso. Entre elas o Bored Apes Yacht Club (BAYC, 2021), CryptoPunks (2017), Mutant Ape Yacht Club (2021), Otherdeed (Otherside, 2022) e Art Blocks (2020), dentre muitas outras. Além disso, o estudo apresenta algumas curiosidades como as vendas de NFTs únicos e singulares mais caras da história como as obras “The Merge”, do artista Pak, vendida por US$ 91,8 millhões (2021) e “Beeple’s Everydays: The First 5000 Days”, do artista Beeple, vendida por US$ 69,3 milhões (2021),
Outro ponto relevante do estudo diz respeito a alguns motivos que podem ter provocado a desaceleração no mercado, principalmente em 2022. Alguns eventos no segmento macroeconômico podem ser apontados como responsáveis por reforçar essa tendência de baixa como o aumento nas taxas de juros por parte do FED, o crash do ecossistema LUNA/ TERRA/UST, o colapso da Celsius e a crise na FTX.
https://www.docdroid.net/rxegXPy/nft-landscape-2023-relatorio-dux-ripio-pt-br-pdfhttps://www.docdroid.net/rxegXPy/nft-landscape-2023-relatorio-dux-ripio-pt-br-pdfFatores que levaram a intensas perdas e desvalorizações, inclusive no volume de negociação desses ativos, que caiu mais de 70%. A queda no preço de ativos importantes como o Ethereum (ETH), baixando em mais de 80% ao longo de 2022, também contribuiu para diminuição do hype e da expectativa em torno dos NFTs. E, por fim, a pesquisa ressaltou que o mercado de NFTs passou por um ciclo de alta totalmente sem precedentes, de modo que a desaceleração do setor no momento seguinte é compreensível.
Por fim, o “NFT Landscape 2023” indica as novas tendências e aponta para alguns dos possíveis rumos da indústria em curto e médio prazo. Entre as principais estão o crescimento da importância e da procura por domínios do tipo ENS (Ethereum Name Service) – que vem se tornando bastante notável no cenário web3, a centralização do mercado, mais correlação entre o mercado cripto e os NFTs e a maior utilização desses ativos digitais em cadeias logísticas de produtos e suprimentos diversos, que são parte integrante de praticamente qualquer negócio, com o intuito de torná-las mais transparentes, baratas e eficientes.
Para Felipe Barros, Head de Educação da DUX, o aumento da compreensão sobre a dimensão do mercado de NFTs e o contexto atual do setor é essencial não apenas para tomar decisões mais acertadas e aproveitar oportunidades, mas para a consolidação do próprio mercado.
“É muito importante ter instituições como a Ripio propiciando a publicação e a divulgação de estudos e relatórios como este, sobretudo por se tratar de um material de acesso gratuito e que traz dados muito atuais, não apenas porque esse tipo de pesquisa simplesmente não existe em português, mas também porque isso gera muito valor para a comunidade e traz mais confiança e informação para os investidores”, ressalta o executivo.
Sobre a Ripio
A Ripio é líder no mercado cripto da América Latina, com alcance de mais de 8 milhões de usuários e uma trajetória de 10 anos de mercado. Possui operações na Argentina, no Brasil, no Uruguai, na Colômbia, no México e nos Estados Unidos, com lançamento previsto em breve na Espanha. A empresa possui a exchange BitcoinTrade, a Ripio Select, plataforma que oferece um serviço premium capaz de fornecer liquidez em criptomoedas com os preços mais competitivos do mercado e operação simplificada, a Ripio Wallet (app para compra, venda e custódia de criptomoedas) e o e o Ripio Card, desenvolvido em parceria com a Visa, que permite usar criptos e realizar pagamentos com débito direto da carteira dos usuários.
A companhia desenvolve produtos financeiros baseados na tecnologia Blockchain desde 2013, tendo seu pioneirismo na região reconhecido pelo Fórum Econômico Mundial (WEF). A Ripio se concentra no desenvolvimento e fortalecimento da nova economia digital, oferecendo alternativas financeiras às soluções bancárias tradicionais. Entre seus principais investidores estão alguns dos maiores nomes do Vale do Silício, como Tim Draper, Digital Currency Group, Medici Ventures, entre outros.
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