Você está prestes a entrar em estúdio para gravar suas próprias músicas? Caso positivo, não deixe de atentar ao grande erro a ser evitado nessa situação, segundo o guitarrista Scott Henderson.
“Não vou menosprezar ninguém, mas há muitos músicos cuja experiência com a sua própria arte não vai além das notas que tocam. Ou seja, eles vão ao estúdio, tocam e vão embora, deixando os engenheiros e técnicos cuidarem do que foi gravado”, afirmou.
Na entrevista ao canal Jazz Guitar Today, o músico estadunidense garantiu que age de forma diferente. “Eu sou o oposto. Estou lá desde a primeira nota escrita até o último estágio da masterização. Estou lá totalmente envolvido, porque, para mim, isso é tão essencial quanto as notas que toquei.”
Ele completou: “Eu poderia citar vários guitarristas que têm um timbre muito bom em um disco, mas não têm em outro. Isso ocorre porque eles simplesmente não fazem a parte deles e deixam o engenheiro e o pessoal técnico cuidarem de tudo. Eles nem vão à própria mixagem.”
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Glorificação ao virtuosismo
Em outra entrevista recente, Scott Henderson desaprovou a abordagem adotada por muitos guitarristas do rock instrumental na atualidade. De acordo com a lenda do fusion, há uma tendência de “glorificar o virtuosismo em vez da musicalidade”.
“Para mim, é meio triste. Não gosto disso. Tipo, Eddie Van Halen era realmente um grande guitarrista, virtuoso com certeza, mas também muito musical. Hoje, não são muitos os caras que tentam tocar dessa forma… Eles têm o talento, mas nem sempre tocam com a alma”, disse à Guitarist em abril.
Henderson também afirmou que não tem interesse algum na tendência que privilegia “passagens virtuosas a serviço de uma música brega”.
“Não estou tentando impressionar ninguém com minhas habilidades virtuosas, porque não tenho nenhuma (risos)! Colocar a nota certa no lugar certo com o melhor timbre que consigo… Isso é basicamente tudo o que sei fazer”, contou.
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