Quando o assunto é música, Nuno Bettencourt acredita que há uma complexidade inigualável por trás de artistas considerados “simples”. Para exemplificar sua posição, o músico português citou a banda AC/DC e o guitarrista Angus Young.
“Você pode ouvir quatro ou cinco vezes uma música de poucos minutos e sempre descobrir algo novo. ‘Uau, ouça essa harmonia, ouça aquele padrão; isso me impactou de forma diferente hoje’. Essa é a verdadeira forma de arte do rock and roll.”
“Quando eu era jovem, vi o AC/DC ao vivo e pensei: ‘Oh, meu Deus. Não é o fato de eles estarem tocando três ou quatro acordes em toda a música, mas os espaços que eles estão deixando’”, disse Nuno no bate-papo divulgado pelo canal Q1043 New York.
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Poder e feeling
De acordo com o membro do Extreme, a aparente simplicidade do AC/DC esconde uma essência poderosa. “Eles estavam em uma arena, e os espaços eram enormes. É o poder dentro dos espaços que impulsiona tudo.”
“O baterista Phil Rudd não é Neil Peart, mas Neil provavelmente não poderia tocar como Phil. Sempre me meto em problemas quando digo essas coisas. As pessoas pensam que estou dizendo que Slash não poderia tocar Rihanna ou que Neil Peart não poderia tocar AC/DC. Não é isso.”
A fim de tornar mais clara sua opinião, ele afirmou: “Eu posso tocar um solo de Angus Young; posso aprender as notas de forma literal. Mas você acha que posso passar o mesmo feeling ou torná-lo tão atrevido quanto a personalidade de Angus? Não nessa vida.”
“As pessoas ficam chateadas comigo por dizer essas coisas como se eu estivesse rebaixando alguém, mas o que estou dizendo é que a arte está na simplicidade e na complexidade de tudo isso. Ponto final”, encerrou Nuno.
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