Quando o guitarrista Joe Perry iniciou sua trajetória musical, os pedais de efeito estavam longe de ser populares. Nesse contexto, os músicos dependiam totalmente do amplificador na tarefa de obter timbres saturados. Em recente entrevista, o membro do Aerosmith recordou a época.
“Bem, aquele som clássico e aqueles primeiros efeitos eram interessantes”, disse à Guitar World. “Você tinha seu som limpo e depois aquela sujeira. Diz a lenda que tudo isso aconteceu por acidente, que a distorção veio de amplificadores caindo de caminhões ou algo assim”, afirmou Perry.
Som mágico
Segundo Perry, o overdrive dos amplificadores com válvulas foi automaticamente encarado como especial. “Então alguém apareceu com amplificadores valvulados com certos transistores, capacitores e transformadores que ficam distorcidos quando você aumenta para 10. Mágico!”
Assim, nas décadas de 1950 e 1960, o timbre saturado se tornou parte essencial da expressão dos guitarristas, explicou ele. “As pessoas ainda perseguem aquela sonoridade que Clapton tinha com os Bluesbreakers”, exemplificou.
No entanto, para Perry, o som vem mais do músico do que do equipamento. “Ted Nugent disse uma vez a Eddie Van Halen: ‘Se eu tivesse o seu equipamento, soaria como você’. Mas ele fez o teste e soou como Ted”, contou.
Por fim, Perry disse que um “bom timbre” é algo totalmente relativo. “Seja com amplificadores ou pedais, não acho que haja um lugar em que você possa dizer que encontrou o timbre perfeito, porque não existem timbres ruins. Quando você pensa apenas no que funciona para a música, não há sons ruins.”
As informações são da Ultimate Guitar.
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