Changpeng Zhao, CEO da Binance, fez um post no Twitter na terça-feira, 24, em que elogiou uma proposta de dois diretoras do Fundo Monetário Internacional (FMI) favoráveis a uma regulamentação global para o setor de criptomoedas após a falência da exchange FTX.
Em um artigo, Bo Li e Nobuyasu Sugimoto disseram que a falência da FTX “ressaltou os riscos dos criptoativos, que carecem de proteções básicas”. Eles destacam ainda que, conforme a adesão ao setor aumento, há riscos de que futuras crises tenham efeitos mais sistemáticos no mercado financeiro como um todo.
Para eles, “Os provedores de serviços com criptomoedas devem ser licenciados, registrados e autorizados. Isso inclui aqueles que prestam serviços de armazenamento, transferência, troca, liquidação e custódia, com regras como as que regem os prestadores de serviços no setor financeiro tradicional”.
Na visão dele, o setor precisa de regras que sejam “consistentes” com a natureza internacional dos ativos digitais, mas isso também exigirá que os legisladores consigam se adaptar ao ecossistema cripto atual, marcado pelas suas mudanças constantes.Na visão dos executivos do FMI, a melhor forma de regular o setor seria com uma regulamentação “robusta, abrangente e globalmente consistente”. Eles afirmam que, por ter um caráter transfronteiriço, é necessário haver uma “abordagem internacional” para o tema.
Em seu post, Zhao, que lidera a maior corretora de criptomoedas do mundo, disse que as sugestões eram uma “boa abordagem” e ressaltou que “já disse isso antes e direi novamente: a melhor forma de proteger os usuários é ter uma regulamentação globalmente consistente e baseada em risco”.
Zhao também destacou a visão dos diretores do FMI de que “stablecoins são uma ferramenta chave para reserva de valor, com muitos casos de uso, e devem ser regulamentados para aproveitar seu potencial e garantir a integridade do mercado”.
O CEO da corretora de criptomoedas defendeu que “a proteção do usuário e a integridade do mercado são aprimoradas quando legisladores e reguladores expandem o escopo das atividades permitidas”. Atualmente, diversos países discutem leis para o setor, incluindo os EUA e a União Europeia. O Brasil saiu na frente nesse processo, com um projeto já aprovado e sancionado em 2022.
Fonte: exame
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